Microsoft cria novo estado da matéria para impulsionar computação quântica

Tecnologia inovadora pode acelerar avanços científicos e tecnológicos

A Microsoft anunciou uma descoberta revolucionária: um novo estado da matéria que pode tornar os computadores quânticos mais poderosos e estáveis. A empresa revelou que desenvolveu um “qubit topológico” baseado nessa nova fase física, um avanço que pode transformar áreas como inteligência artificial, criptografia e desenvolvimento de medicamentos.

O que é um qubit topológico? Explicação simples

Para entender um qubit topológico, primeiro precisamos saber o que é um qubit.

Os computadores tradicionais funcionam com bits, que podem assumir dois valores: 0 ou 1. Já um qubit, usado na computação quântica, pode representar 0 e 1 ao mesmo tempo (isso se chama superposição). Isso torna os computadores quânticos muito mais poderosos para certos tipos de cálculos.

Agora, o problema dos qubits convencionais é que eles são extremamente instáveis. Qualquer pequena interferência externa pode bagunçar seus dados e causar erros nos cálculos.

Aí entra o qubit topológico. Ele é um tipo especial de qubit que armazena informações de uma forma mais protegida contra erros. Em vez de depender de partículas comuns, ele usa um fenômeno da física chamado estatísticas não abelianas (mas não se preocupe com o nome complicado!). O importante é que essas propriedades matemáticas permitem que a informação fique mais “escondida”, tornando o qubit muito mais estável.

O avanço da Microsoft na computação quântica

Pesquisadores da Microsoft afirmam ter criado um chip chamado “Majorana 1”, que utiliza um supercondutor topológico – um material que não se encaixa nas categorias tradicionais de sólido, líquido ou gás. A tecnologia promete resolver um dos maiores desafios da computação quântica: a instabilidade dos qubits, que frequentemente sofrem interferências externas e erros.

A abordagem da Microsoft combina semicondutores e supercondutores, permitindo a criação de qubits mais robustos. Segundo a empresa, essa inovação pode acelerar a construção de computadores quânticos funcionais, um objetivo perseguido pela indústria desde os anos 1980.

Concorrência e impacto global

A corrida pela supremacia quântica se intensificou nos últimos anos, com gigantes como Google e IBM investindo bilhões na tecnologia. Em dezembro de 2024, o Google anunciou um experimento onde seu chip quântico realizou um cálculo em cinco minutos, algo que um supercomputador tradicional levaria trilhões de anos para completar.

Além dos impactos científicos e tecnológicos, a computação quântica tem implicações geopolíticas. Governos ao redor do mundo, incluindo China e União Europeia, estão investindo pesadamente na área, com bilhões de dólares destinados ao desenvolvimento da tecnologia.

O que esperar para o futuro?

Embora ainda seja um experimento, a Microsoft acredita que sua abordagem pode tornar os computadores quânticos comercialmente viáveis nos próximos anos. A empresa planeja escalar seu chip para conter até um milhão de qubits, um número que poderia viabilizar aplicações reais, como a criação de novos materiais e o aprimoramento de sistemas de segurança digital.

O sucesso dessa tecnologia depende da capacidade da Microsoft de provar que seus qubits topológicos são realmente mais estáveis e eficientes que as soluções concorrentes. Se confirmada, a descoberta pode colocar a empresa na liderança da revolução quântica.


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