Em um 4 de abril como hoje, nascia uma das maiores potências da tecnologia mundial
Em 4 de abril de 1975, dois jovens nerds apaixonados por computação — Bill Gates e Paul Allen — fundavam a Microsoft em Albuquerque, Novo México. Eles mal sabiam, mas estavam prestes a mudar o curso da história digital. Hoje, 04/04/2025, a Microsoft completa 50 anos de trajetória, inovação e impacto global.
Da Traf-O-Data à revolução digital
Antes mesmo da Microsoft, Bill Gates e Paul Allen já se aventuravam pelo mundo da computação. Juntos, criaram o Traf-O-Data, um sistema que processava dados de tráfego rodoviário, uma tentativa precoce de aplicar tecnologia na vida real. Embora o projeto tenha fracassado comercialmente, serviu como trampolim para algo muito maior.
Foi com o lançamento do Altair 8800 — considerado o primeiro computador pessoal — que a dupla vislumbrou uma oportunidade. Eles desenvolveram um interpretador BASIC para o Altair e, assim, nasceu a Microsoft, com a visão ousada de “um computador em cada mesa, em cada casa”.
Quem são os visionários por trás da Microsoft?
Bill Gates, nascido em Seattle em 1955, sempre demonstrou genialidade precoce. Abandonou Harvard para perseguir o sonho da computação pessoal. Com seu espírito estrategista e foco em negócios, foi o principal rosto da Microsoft por décadas, tornando-se o homem mais rico do mundo e, mais tarde, um dos filantropos mais influentes com a Fundação Bill & Melinda Gates.
Paul Allen, o cérebro criativo por trás da ideia original, também nasceu em Seattle. Ele teve papel fundamental na concepção técnica da Microsoft e era conhecido por seu amor por ciência, arte e esportes. Após deixar a empresa em 1983 por motivos de saúde, continuou como investidor e filantropo, fundando o museu de cultura pop de Seattle e investindo em explorações espaciais. Faleceu em 2018, deixando um legado admirável.
Os marcos que mudaram o mundo
Nos anos 80, a Microsoft ganhou destaque ao fornecer o sistema MS-DOS para a IBM, um acordo que a colocou no topo do mercado de software. Em 1985, veio o Windows, com sua interface gráfica revolucionária. E em 1995, o lançamento do Windows 95 marcou definitivamente a era da computação pessoal, com o famoso Menu Iniciar e a barra de tarefas.
Com o tempo, vieram o pacote Office, o navegador Internet Explorer, o console Xbox, o buscador Bing e a plataforma de nuvem Azure. Em 2014, com a chegada de Satya Nadella à presidência, a empresa deu uma guinada rumo à inteligência artificial e ao modelo de negócios baseado em nuvem — reposicionando-se como uma gigante moderna, aberta à colaboração e à inovação contínua.
Como destacou Satya Nadella, atual CEO:
“Quando os paradigmas da tecnologia mudam, temos a oportunidade de nos reinventar. E é isso que estamos fazendo novamente hoje.”
50 anos depois, o que a Microsoft celebra?
A comemoração dos 50 anos da Microsoft vai muito além de festas. A empresa está distribuindo doações de US$ 50 mil a 50 líderes comunitários na região de Puget Sound, onde está sediada, reconhecendo que seu sucesso global também é fruto das raízes locais.
A celebração é também um convite à reflexão: desde o BASIC até o Copilot com IA, a Microsoft impactou o modo como estudamos, trabalhamos e nos comunicamos. Kevin Scott, CTO da empresa, resumiu bem esse legado:
“É difícil exagerar o impacto que a Microsoft teve nas últimas cinco décadas. E o que estamos construindo com IA hoje pode ter um impacto ainda maior.”
E esse compromisso com o futuro vem acompanhado de responsabilidade. Sarah Bird, líder de IA responsável da empresa, reforça:
“As decisões que tomamos hoje com IA moldarão os próximos 50 anos. E estamos liderando com uma mentalidade de inovação responsável.”
De garagem a gigante: um legado vivo
A história da Microsoft nos ensina que grandes ideias podem nascer em qualquer lugar — até mesmo em uma garagem em Albuquerque. Mas é a coragem de executá-las, de evoluir e de aprender com os erros que transforma visões em realidades.
Hoje, a Microsoft completa 50 anos, mas sua missão continua tão ousada quanto em 1975. E se depender de sua trajetória até aqui, os próximos 50 prometem ser ainda mais transformadores.
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