
Tecnologia é peça-chave para cidades inteligentes, saúde digital e indústria 4.0 com redes 5G
O avanço das redes 5G trouxe mais do que velocidade: abriu caminho para uma nova era de conectividade com latência mínima, ideal para aplicações críticas em tempo real. Nesse cenário, o edge computing — ou computação de borda — surge como tecnologia essencial para explorar todo o potencial da nova geração móvel.
De acordo com a GSMA Intelligence, a penetração do 5G na América Latina deve crescer 64% até 2030. Esse crescimento demanda soluções que reduzam a dependência de data centers centrais, responsáveis por causar atrasos inaceitáveis para o padrão 5G. A computação de borda resolve esse gargalo ao processar dados localmente, próximo de onde são gerados.
A mudança impacta diversos setores. Em cidades inteligentes, por exemplo, sensores de tráfego, qualidade do ar e poluição sonora podem gerar respostas imediatas com o uso do edge. Isso evita o envio constante de dados para servidores distantes, permitindo que os centros urbanos “reajam” quase em tempo real.
Na saúde, a tecnologia já permite avanços como cirurgias remotas e monitoramento em tempo real com precisão, graças à latência ultrabaixa do 5G aliado ao processamento de dados próximo aos hospitais. Já na indústria, o edge viabiliza a Indústria 4.0, com sensores e máquinas conectadas otimizando processos de forma autônoma.
O setor automotivo também é impactado: veículos autônomos exigem decisões em milissegundos. Com edge computing, os dados são processados nas imediações do carro, garantindo maior segurança no trânsito.
Apesar do potencial, a computação de borda ainda enfrenta desafios. A expansão exige uma infraestrutura robusta e descentralizada, além de soluções energéticas sustentáveis e compatibilidade entre diferentes sistemas. A interoperabilidade entre redes também é fundamental para o sucesso da tecnologia.
Nos próximos anos, a maturação do edge computing, em sinergia com o 5G, promete transformar profundamente a forma como vivemos e interagimos com dispositivos inteligentes. Será o início de uma nova era de inovação conectada.
Fonte: Davi Lopes, diretor de Secure Power Brasil na Schneider Electric.
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