
Mesmo diante de resistências, inovação é o caminho para manter a relevância e crescer em mercados consolidados
Inovar em setores tradicionais pode parecer nadar contra a corrente. Mas quando os dados mostram que quase metade das empresas enfrenta dificuldades para inovar — e mesmo assim segue tentando — fica claro que resistir à transformação pode ser um risco maior do que abraçá-la.
De acordo com a última Pesquisa de Inovação (Pintec), realizada pelo IBGE, apenas 64,6% das empresas brasileiras inovaram em produtos ou processos em 2023. É uma queda em relação aos dois anos anteriores e um sinal de alerta para a necessidade de mudança. Em um mercado cada vez mais competitivo, a estagnação pode ser sinônimo de obsolescência.
Empresas consolidadas em setores com forte tradição carregam consigo a confiança em práticas consagradas. Mas é justamente esse apego ao “sempre foi assim” que pode travar o crescimento. Inovar não significa abandonar o que funciona, mas adaptar e aprimorar para continuar relevante.
Os maiores obstáculos relatados pelas empresas em 2023 foram a instabilidade econômica, a limitação de recursos internos e o acirramento da concorrência. Ainda assim, os setores que se abriram à inovação conseguiram transformar esses desafios em oportunidades, adotando novas tecnologias, repensando processos e aproximando-se mais das necessidades reais do mercado.
Além de novas soluções técnicas, inovar passa por uma mudança cultural. É preciso ouvir mais os clientes, personalizar produtos e serviços, criar canais de atendimento mais humanos e desenvolver propostas que combinem eficiência com praticidade e segurança.
Nesse contexto, é essencial que líderes e equipes enxerguem a inovação não como um projeto pontual, mas como uma jornada contínua. E que tenham em mente: inovar não é uma escolha exclusiva de startups ou empresas de tecnologia. É uma necessidade vital para qualquer organização que queira seguir relevante, seja na indústria pesada ou no comércio local.
Fonte: IBGE, Pesquisa de Inovação (Pintec) – 2023.
Autora: Giordania R. Tavares – CEO da Rayflex.
Queremos saber sua opinião! Como a sua empresa tem encarado os desafios da inovação? Comente, compartilhe este conteúdo e siga o edvaldo.tec.br para mais insights sobre tecnologia e progresso coletivo.