
Especialistas apontam que IA e engenharia social serão os grandes aliados dos criminosos virtuais no próximo ano. Cibersegurança se torna prioridade estratégica.
Metade dos ataques de phishing no mundo em 2025 devem ser conduzidos com uso de vozes sintéticas ou deepfakes, segundo previsão da Gartner. A estimativa sinaliza um novo patamar para as fraudes digitais, que deixam de ser apenas um golpe por e-mail e passam a imitar vozes humanas com precisão assustadora.
Esse cenário exige uma mudança de postura urgente: proteger-se online deixou de ser uma questão técnica e passou a ser um compromisso cotidiano de indivíduos, empresas e governos.
A Apura Cyber Intelligence, empresa brasileira especializada em cibersegurança, listou as tendências mais relevantes para o ano de 2025 — e o alerta é claro: estamos diante de uma nova geração de crimes digitais.
IA de dois lados: ataques mais realistas, defesas mais inteligentes
Ferramentas de inteligência artificial estão sendo usadas tanto por criminosos quanto por especialistas em segurança. De um lado, elas permitem criar mensagens e vozes personalizadas para golpes sofisticados como o spear phishing e o business email compromise. De outro, impulsionam sistemas de detecção de ameaças, autenticação biométrica e análise preditiva de riscos.
Senhas em xeque e o avanço das autenticações inteligentes
A segurança tradicional baseada em senhas está com os dias contados. Em seu lugar, entram as chaves FIDO2 e autenticações biométricas. Google, Apple e Microsoft já adotaram essas medidas como padrão, indicando um novo caminho para o acesso digital seguro.
IoT e ciberterrorismo: novos alvos, velhas ameaças
Dispositivos conectados, como câmeras, eletrodomésticos e sensores industriais, estão na mira de grupos de ciberterrorismo e espionagem digital. Eles são usados em ataques como o DDoS, que sobrecarregam redes e tiram sistemas do ar, ou ainda para capturar dados sigilosos de infraestruturas críticas.
Educação digital: a nova linha de frente contra os ataques
A Apura reforça que o investimento em cibersegurança não deve se limitar a tecnologias. Conscientização e educação são partes fundamentais da defesa contra golpes cada vez mais sofisticados. Treinamentos internos, campanhas públicas e ensino digital nas escolas ganham espaço como ferramentas de proteção coletiva.
Regulações mais rígidas e segurança como diferencial de mercado
Setores como saúde, finanças e indústria devem ser os primeiros a receber novas leis específicas de cibersegurança. A tendência é que empresas que investirem em proteção digital ganhem vantagem competitiva ao transmitir mais confiança a clientes e investidores.
Vigilância e ação proativa: palavras de ordem para 2025
Diante do crescimento dos riscos, a recomendação é clara: monitoramento contínuo e respostas rápidas. Não basta mais reagir — é preciso antecipar vulnerabilidades e manter sistemas atualizados e bem gerenciados.
Segundo a consultoria Statista, o mercado global de cibersegurança deve atingir US$ 14,3 bilhões até o final de 2025. O número reflete não só a escala dos ataques, mas também a crescente conscientização sobre seus impactos sociais e econômicos.
Fonte: Apura Cyber Intelligence e Top Cybersecurity Predictions for 2024-2025 – Gartner.
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