AppLovin e Amazon fazem lances para comprar o TikTok antes de prazo final de Trump

Gigantes da tecnologia disputam controle do TikTok em meio a tensões entre EUA e China

Com o prazo final definido por Donald Trump se aproximando, duas gigantes da tecnologia — AppLovin e Amazon — entraram na corrida para adquirir o TikTok e evitar sua suspensão nos Estados Unidos. O governo americano estabeleceu o dia 5 de abril como data limite para que o aplicativo de vídeos curtos tenha uma nova estrutura proprietária aprovada, sob pena de ser banido do país.

A AppLovin, empresa especializada em tecnologia móvel e publicidade digital, apresentou sua proposta ao governo Trump e afirmou que pode resolver as preocupações com segurança nacional ao mesmo tempo que impulsiona a economia, segundo fontes próximas às negociações. O plano conta ainda com o apoio potencial do magnata dos cassinos Steve Wynn, embora ele não tenha comentado publicamente sobre o assunto.

Com uma valorização de mercado de US$ 100 bilhões, a AppLovin é vista por alguns analistas como “a próxima TikTok” devido à sua expertise em inteligência artificial e segmentação de anúncios. O objetivo seria manter a plataforma operando nos EUA sob controle local, minimizando riscos de espionagem e uso indevido de dados.

Do outro lado, a Amazon também enviou uma proposta de última hora, endereçada diretamente ao vice-presidente JD Vance e ao secretário de comércio Howard Lutnick. Apesar do peso da marca, fontes próximas ao governo apontam que a Casa Branca não considera a oferta da Amazon como a mais viável neste momento.

Além dessas empresas, outras iniciativas estão sendo consideradas, como uma proposta envolvendo a Oracle em parceria com investidores americanos como Silver Lake e Blackstone. A operação, complexa e politicamente sensível, ainda depende da anuência da China, que sinalizou abertura para negociar, mas condiciona o acordo a temas mais amplos, como tarifas comerciais.

O presidente Trump deve ser informado hoje sobre os principais caminhos para manter o TikTok funcionando, em uma reunião com figuras-chave como o conselheiro de segurança nacional Mike Waltz, a diretora de inteligência Tulsi Gabbard, além de Vance e Lutnick. Os detalhes operacionais, como seria a nova gestão e que empresas participariam da sociedade, devem ser definidos posteriormente.

A movimentação acontece num momento em que Trump também prepara um novo pacote de tarifas contra a China, reforçando o caráter estratégico da negociação. Para empresas americanas, controlar o TikTok vai além de uma simples aquisição: trata-se de uma chance de influenciar o ecossistema digital global e consolidar o domínio sobre uma das plataformas mais influentes entre os jovens.

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