
Inteligência artificial transforma atendimentos médicos e amplia eficiência na saúde
A digitalização dos atendimentos médicos avançou rapidamente nos últimos anos, especialmente com a popularização das teleconsultas durante a pandemia de COVID-19. No entanto, o próximo passo da evolução na medicina vai além: a inteligência artificial (IA) já está redefinindo o setor, trazendo mais precisão diagnóstica, eficiência operacional e um atendimento mais humanizado.
A regulamentação das teleconsultas em 2022 pela Lei 14.510/22 consolidou a telemedicina como parte essencial do sistema de saúde. De acordo com o relatório Distrito Healthtechs Report (2023), o mercado global de telemedicina pode atingir US$ 857,2 bilhões até 2030, crescendo a uma taxa anual de 18,8%. Mas, após a consolidação desse modelo, o que vem a seguir?
A resposta está na adoção da IA para otimizar o tempo dos profissionais de saúde. Ferramentas de transcrição automática permitem que médicos foquem integralmente no paciente, enquanto prontuários eletrônicos são gerados automaticamente. Além disso, algoritmos avançados analisam dados em tempo real, sugerindo diagnósticos, alertando sobre interações medicamentosas e recomendando tratamentos baseados em evidências científicas.
Um levantamento da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e da Associação Brasileira de Startups de Saúde (ABSS) revelou que 62,5% das instituições já utilizam IA, seja para atendimento via chatbots, segurança da informação ou apoio à decisão clínica. Ainda segundo o estudo, 51% dos hospitais que adotaram IA observaram impactos positivos na estrutura de saúde.
Embora desafios como privacidade de dados e segurança digital ainda gerem debates, grandes empresas de tecnologia investem fortemente em soluções para garantir proteção às informações sensíveis dos pacientes. O caminho para o futuro da medicina passa pela implementação responsável da IA, transformando a saúde digital em um processo ainda mais eficiente e humano.
Fonte: Felipe Napoli, co-fundador e CEO do Agendart