Empresas devem investir em tecnologia, cultura organizacional e conscientização dos usuários para prevenir ciberataques.
Em setembro, o Banco Central (BC) relatou um novo vazamento de dados pessoais relacionados a chaves Pix, marcando o décimo incidente do tipo apenas em 2024. O caso envolveu uma fintech e foi atribuído a falhas pontuais nos sistemas. Essa ocorrência reforça a necessidade de medidas mais robustas para proteger informações sensíveis em meio à crescente sofisticação dos ciberataques.
Nos últimos anos, o cenário digital tem sido desafiado por ameaças complexas, exigindo uma evolução constante das estratégias de cibersegurança. Como destacam especialistas, “a segurança só evolui porque as ameaças evoluem primeiro”. Além disso, questões como governança de dados, cultura organizacional e compliance seguem sendo pontos críticos frequentemente negligenciados pelas empresas.
Principais desafios para a segurança de dados
A falta de cultura de segurança e a negligência na governança de dados são dois dos principais fatores que aumentam a vulnerabilidade das organizações. Situações como uso de senhas fracas, desconhecimento sobre phishing e descumprimento de políticas de segurança contribuem para falhas humanas, uma das principais causas de incidentes.
Problemas relacionados a dispositivos IoT (Internet das Coisas), carência de profissionais especializados e dificuldades em atender às regulamentações de compliance também são desafios significativos.
Por outro lado, avanços tecnológicos têm ajudado a enfrentar essas ameaças. Soluções de inteligência artificial (IA), machine learning, autenticação multifator, biometria e criptografia avançada são exemplos de ferramentas que tornam a proteção mais eficaz. Além disso, práticas como o modelo zero trust (confiança zero) e a automação de respostas a incidentes têm se mostrado fundamentais.
Estratégias para fortalecer a segurança corporativa
Para que as empresas possam enfrentar as ameaças com eficiência, é necessário adotar uma abordagem multidimensional, combinando tecnologias avançadas, políticas organizacionais e a conscientização de colaboradores e usuários. Entre as ações recomendadas estão:
- Desenvolvimento de estratégias abrangentes de segurança;
- Implementação de tecnologias de proteção, como ferramentas de análise estática de código (SonarQube) e identificação de vulnerabilidades (Checkmarx e Aqua Security);
- Gestão contínua de incidentes e auditorias regulares;
- Conscientização e educação de usuários sobre ciberataques e práticas seguras;
- Adoção de políticas de compliance alinhadas às regulamentações do setor.
O papel dos usuários na segurança digital
Os próprios usuários têm um papel crucial na prevenção de fraudes e ciberataques. Medidas simples, como criar senhas fortes, atualizar constantemente aplicativos e relatar atividades suspeitas, podem fazer a diferença. Entretanto, cabe às empresas capacitar seus clientes, promovendo a conscientização sobre riscos e melhores práticas.
Ao investir em educação e ferramentas para os usuários, as organizações não só fortalecem a segurança geral, mas também aumentam a confiança nas soluções oferecidas, transformando os clientes em aliados na proteção dos dados.
A importância da Política de Segurança da Informação
Para proteger informações de forma eficaz, é essencial que as empresas adotem uma Política de Segurança da Informação robusta, com diretrizes claras sobre o tratamento de dados. Além de garantir a confidencialidade, integridade e disponibilidade das informações, essas políticas promovem uma abordagem proativa diante de ameaças crescentes no cenário digital.
Com um mercado cada vez mais dependente de tecnologias digitais, reforçar a segurança de dados é um investimento indispensável para qualquer organização que deseje prosperar e garantir a confiança de seus clientes.
Fonte: Framework Digital.