A internet, embora pareça jovem, não é tão recente quanto imaginamos. Ela vem da ARPANET, a “mãe” da internet, que surgiu no final dos anos 60, em meio ao clima tenso da Guerra Fria. O mundo vivia sob o medo constante de conflitos, e os Estados Unidos buscavam formas de proteger e conectar suas informações estratégicas e centros de pesquisa. Foi nesse cenário que a ARPANET nasceu, em outubro de 1969, há 55 anos.
Na época, o projeto da ARPANET teve um começo tímido e técnico: era uma rede experimental de cabos que interligavam poucos computadores em universidades e laboratórios. Seu objetivo inicial era facilitar o compartilhamento de informações entre cientistas e o governo, então nada de redes sociais ou entretenimento. De maneira simplificada, imagine longos cabos conectando computadores em quatro locais diferentes, quase como se fossem “telefones de pesquisa” exclusivos para cientistas e engenheiros. Essa conexão foi a primeira semente para a comunicação digital global que temos hoje.
A ARPANET marcou o início de uma revolução tecnológica que se expandiu muito além do que qualquer pessoa imaginava. Daquelas primeiras conexões, evoluímos para um mundo onde bilhões de dispositivos estão interligados, onde nos comunicamos em segundos, trabalhamos remotamente e até experimentamos as fronteiras da inteligência artificial.
Esta semana, ao celebrarmos o Dia da Internet, lembramos que a rede, que começou como uma modesta ligação entre centros de pesquisa, hoje molda a forma como vivemos, aprendemos e interagimos.
Edvaldo Rodrigues
Professor, Coordenador e Especialista em Sistemas para Internet,
Proprietário da Edronet